terça-feira, 29 de março de 2011

Polícia instala primeira "UPP" em Salvador e prende quatro suspeitos de tráfico de drogas

A polícia baiana deflagrou no final da madrugada desta terça-feira (29) uma operação de ocupação dos bairros do Calabar e Alto das Pombas, em Salvador. Essa região é apontada como uma das áreas mais críticas no que diz respeito à criminalidade na capital baiana. O Calabar foi escolhido pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado para abrigar a primeira base comunitária similar às Unidade de Polícia Pacificadoras (UPPs) instalada nos morros do Rio de Janeiro.

Mais de 300 policiais militares e civis participam da operação. De acordo com a polícia, a ideia é que parte desse efetivo permaneça na região até a instalação definitiva da "UPP", dentro de um mês. Além dos policiais, a operação conta com 40 viaturas da PM e veículos da inteligência da SSP.

Conforme a PM, até o final desta manhã foram realizadas várias detenções para averiguação, mas apenas quatro pessoas permanecem presas sob suspeita de participação com o tráfico de drogas. Adenílson Calmon Ramos, de 32 anos, e Antônio Carlos Antão Rodrigues, ambos que tinham mandados de prisão expedidos pela Justiça em aberto, são dois dos presos. Eles foram surpreendidos em casa e não reagiram. Os outros dois presos em flagrante são Dênis Franklin Silva Gomes, que, conforme a polícia, portava um revólver calibre 38, munição, “brucutus” (capuz preto), além de dois rádios comunicadores, e Carlos Silva de Jesus, o “Cal”, e teria sido apanhado com 18 trouxinhas de maconha em casa.

Os detidos foram encaminhados ao Departamento de Narcóticos (Denarc), localizado no Complexo Policial dos Barris.

A ocupação começou simultaneamente em dez áreas previamente mapeadas pela polícia, como pontos de maior concentração de criminosos. "Agora é definitivo. Não sairemos mais daqui até a conclusão da base", disse o comandante da ação, Mozart Santos Lima. A base ficará ao lado da associação de moradores.
O Calabar está localizado entre dois bairros considerados nobres da capital baianas, o Jardim Apipema e a Barra. No local moram cerca de 20 mil pessoas. Atualmente, conforme a polícia, o tráfico de drogas na região do Calabar e Alto das Pombas é dominado por mais de uma facção, que começam a ser desmanteladas.

De acordo com o tenente-coronel Sérgio Baqueiro, diretor adjunto de comunicação social da PM, a ação de hoje é semelhante à deflagrada na sexta-feira, 25, no Nordeste de Amaralina, outro bairro marcado pela violência, que teve a duração de três dias. A diferença é que a permanência do aparato policial dessa vez se estenderá.

O Nordeste de Amaralina será o segundo bairro a receber uma UPP. Outras duas bases serão instaladas ainda este ano nos bairros de Tancredo Neves e Subúrbio Ferroviário, mas em datas ainda não definidas.
O comando da polícia pede de Organizações não Governamentais que se unam a esse processo de pacificação da área, levando projetos sociais às comunidades atendidas pela policia.
Para a ocupação permanente do local, 150 policiais militares tiveram treinamento financiado pelo Ministério da Justiça, através do método Koban, usado pelos japoneses e que tem como característica a parceria da polícia com a população.

sábado, 26 de março de 2011

Dilma 2011: Correção da Tabela do IR e aumento de IOF

O Planalto publicará no "Diário Oficial" de segunda-feira a medida provisória assinada pela presidente Dilma Rousseff que corrige em 4,5% a tabela do Imposto de Renda. O percentual irá elevar a faixa de isenção do imposto de R$ 1.499 para R$ 1.566.

Também na segunda, o "D.O." trará a publicação de dois decretos compensatórios, ambos assinados pela presidente.

O primeiro decreto eleva o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) das compras no exterior com cartão de crédito. O tributo mais do que dobrará, passando de 2,38% para 6,38%. O segundo, aumenta o imposto das chamadas "bebidas frias", como cerveja e refrigerantes. A Casa Civil não informou o percentual de reajuste.

De acordo com o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, o reajuste da tabela deverá ficar entre 10% e 20%. O aumento dos produtos, daqui para frente, será anual.
Fonte: Folha